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S.A.R. Dom Rosário Poidimani,

Príncipe de Saxónia Coburgo de Bragança,

Duque de Bragança e titular da Real Casa de Portugal,

nasceu em Siracusa, a 25 de Agosto de 1941.

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O reconhecido genealogista Luciano di Poli, confirmou que o apelido Poidimani resulta da contracção de dois nomes: Poggio (ou Podio), descendente quase em linha directa de Bosão da Provença, rei da Borgonha; e Manni, a italianização do apelido alemão Mann.

 

Começou por licenciar-se em Humanidades, foi depois um dos primeiros fundadores da televisão em Itália e tornou-se membro da “Comunidade Europeia de Jornalistas”.

Empresário com interesses em variadas áreas, constituiu Escolas Superiores e Universidades privadas de elevado prestígio, no nordeste de Itália. Passou por actividades no sector mecânico de alta precisão, pelo sector imobiliário e acabou por escolher dedicar-se exclusivamente à actividade de consultoria financeira de âmbito internacional.

Fundou, em 1977, o Instituto Internacional para as Relações Diplomáticas, http://www.iird.org/index_eng.html, composto por 39 Estados, entre sócios fundadores e membros aderentes, com o objectivo de contribuir para uma maior aproximação entre os diferentes países.

 

As iniciativas desenvolvidas, visam todas elas a partilha de diferentes pensamentos, procurando gerar reciprocidade, por forma a atingir um maior grau de conhecimento comum. O Instituto editou algumas publicações sob o tema das relações diplomáticas e uma parte dos fundos resultantes das contribuições voluntárias dos membros destinavam-se à cedência de bolsas de estudo, a favor dos estudantes universitários das áreas jurídicas.

 

Foi ele também o fundador da associação humanitária “Os Cavaleiros da Cruz Azul”, www.oscavaleirosazuis.org , cuja única finalidade é a assistência aos mais pobres e carenciados.

A sua capacidade para estabelecer relações e implementar iniciativas, proporcionou-lhe prestígio internacional. Entre vários outros prémios, presidiu à atribuição do Prémio Internacional “Columbus Day”, o Prémio Mercantil Internacional “Óscar dell’Export” e o Prémio Internacional “Marco Aurélio”.

Dom Rosário Poidimani casou duas vezes, primeiro com Dona Isabel Baradel Poidimani (1957-1995) e mais tarde, depois de ter ficado viúvo, com Dona Kristina Stranakova (1980). Tem três filhos, Soraya Lúcia Sayda Tecla Poidimani (Sicília, 16 de Junho 1965), Simone Joska Poidimani (Vicenza, 25 de Janeiro 1982) e Krystal Isabel Poidimani (Vicenza, 7 de Setembro 2003).

Ao longo da longa luta travada por Dona Maria Pia, pelo reconhecimento do seu direito à chefia da Casa de Bragança, usurpada por um membro afastado de outro ramo da família, banido por traição, Dom Rosário foi de um apoio e amizade constantes e inestimáveis. Esse facto, juntamente com o desinteresse e falta de apoio da sua descendência, levaram-na a transferir os seus direitos dinásticos para Dom Rosário, em 3 de Abril de 1987. Foi nessa data assinado o Acto Soberano nº5, pouco depois confirmado por ambos numa conferência de imprensa, que teve lugar em Lisboa e que foi transmitida pela televisão portuguesa.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Temendo que a sua vida se esgotasse em breve e já quase cega, Dona Maria Pia recusou deixar a Casa Real Portuguesa sem um chefe à altura. Consciente de que é a Casa Real de Bragança a reserva moral, patrimonial e política de uma nação com oito séculos de história, que teve a capacidade para reconquistar a sua independência de todas as vezes que a perdeu, de se expandir pelo mundo e de ser um império, garantiu que a preservava, ainda que no exílio, do controle dos monárquicos que subverteram a vontade do seu pai, que a combateram a ela duramente e da apatia dos governos republicanos, desde António Salazar que a escorraçou sempre, até Mário Soares que preferiu ignorá-la depois de a ter apoiado. Além de ser um dinâmico homem de negócios, Dom Rosário nutria por Portugal, que visitava regularmente, sincero amor e devoção. Por Dona Maria Pia tinha afecto genuíno, ao ponto de a ter apoiado e acarinhado até ao último dia da sua vida.

O processo de cooptação que foi usado, permite evitar o perecimento de uma dinastia e das suas tradições, tanto no caso da inexistência de descendentes, como no de estes não se encontrarem em condições de poder garantir a continuidade. É uma modalidade de adopção que se restringe ao âmbito da dinastia e que pode decorrer tanto sob a jurisdição do seu titular, como através de um acto do consistório, caso o titular sofra um impedimento físico ou mental, desaparecimento ou falecimento, sem ter antes designado o seu sucessor.

 

O escolhido tornar-se-á o protector e o responsável pelo acervo histórico, sobre o qual receberá a devida orientação. Não se tratando de um processo inédito, foi utilizado por outras dinastias ao longo do tempo, como é dele exemplo o que ocorreu com a Família Real da Suécia. No caso da cooptação em favor de Dom Rosário, foram cumpridas todas as formalidades necessárias, nomeadamente a designação por acto do chefe dinástico, a informação oficial à comunidade em que a Casa Real se integra, o reconhecimento e a confirmação do cooptado ainda em vida do anterior titular, bem como a sua apresentação em cerimónia pública.

Dom Rosário Poidimani torna-se o XXII Duque de Bragança, numa história extraordinária ainda longe de terminar. Coloca-se o argumento de ter nascido italiano, embora se saiba que a República Portuguesa tem embalado no colo um outro estrangeiro, que de fraude em favor foi caindo nas graças de quem nunca o poderia ter legitimado nem reconhecido, num abuso flagrante do que sempre transcendeu o seu exercício de poder. Nunca poderia ter havido um herdeiro nascido em Portugal, estando Dona Maria Pia em exílio e impedida de entrar no país pela lei da proscrição, escorraçada pela república e pelos monárquicos miguelistas que a apoiaram. Depois do regicídio, foi este o único estratagema que lhes permitiu influência em Portugal, após terem sido banidos por traição.

Uma dinastia é fruto da manutenção de uma determinada identidade ao longo do tempo, numa tradição de comportamentos passados geração após geração, enraizados numa continuidade de concepções, responsabilidades e valores, que a ligam à História de um povo. A Casa Real de Bragança, apesar de ser ex-reinante e de ter deixado de exercer o seu poder territorial e temporal (jus imperii e jus gladii), conserva a “pretensão” ao trono vago do seu país e as suas prerrogativas dinásticas de reconhecer, conceder e criar títulos ao seu critério (jus magestatis e jus honorum).

 

Mantém o comando e gestão das Ordens e instituições dinásticas e o seu chefe é reconhecido pela tradição internacional como o Chefe de Nome e de Armas do seu país e mantém o seu direito de soberano intacto, sujeito ao Direito Internacional Público. Em 1987, Dona Maria Pia tornou Dom Rosário o legítimo guardião e representante da última dinastia reinante; caberá apenas ao povo o poder de um dia decidir a favor de um regresso à monarquia, bem como a escolha de um outro pretendente.

Dom Rosário desenvolvia intensa actividade social, entre Portugal e Itália, como representante da Casa Real, desde o acto de abdicação de Dona Maria Pia. Não se ouvia falar de Duarte Pio, até que uma sucessão de acontecimentos se conjugou para mudar novamente o rumo da história.

 

O primeiro foi uma zanga entre Dona Maria Pia e Mário Soares, o seu advogado de muitos anos. Este começou por dar um apoio tácito a Duarte Pio, que depois se transformou em algo mais substancial, quando foram usadas estruturas do Estado para a promoção e realização do seu casamento. Em 1995, Dom Rosário estava na posse de três sentenças judiciais que o legitimavam, válidas em Portugal por se encontrarem abrangidas pelo Acordo De Nova Iorque de 1958.

 

Como consequência, foi emitida uma Ordem Judicial em 1997, que proibia Duarte Pio de se intitular duque de Bragança, de usar qualquer outro título ou distinção honorífica e de utilizar abusivamente a simbologia da Casa Real, bem como a titularidade das Ordens Dinásticas, ainda que sob a forma de associações. Algo que este se limitou a ignorar.

Infelizmente, a vida pessoal de Dom Rosário passou nesses anos por um período de dor profunda, que não lhe permitiu a acção que os eventos requeriam. Viu-se subitamente dividido entre o apoio a Dona Maria Pia, tão combalida que acabou por falecer aos 88 anos; e os cuidados à sua esposa muito amada, que adoeceu com um cancro cerebral e do qual não conseguiu sobreviver. Partiram ambas no espaço de um ano, deixando Dom Rosário entre a gestão do seu desgosto e o sofrimento do seu filho, que perdeu a mãe ainda criança.

 

Com apenas 12 anos, Dom Simone tornou-se o objectivo prioritário de Dom Rosário.

 

Uma oportunidade de ouro para Duarte Pio, que a aproveitou em pleno para propagar direitos que não eram seus, com a ajuda dos apoiantes miguelistas, que lhe foram gerindo a imagem e as estratégias do já antigo “faz de conta”, com que sempre tentaram ludibriar o povo português.

Assim que D. Simone atingiu uma idade que lhe permitia autonomia e maturidade, Dom Rosário pôde retomar a sua demanda pela reposição da verdade histórica e legal. Sempre utilizando os seus próprios recursos, com os quais também patrocinou as várias iniciativas humanitárias que implementou, desenvolvendo também angariações de fundos que lhes assegurassem continuidade. Tudo a par de uma intensa actividade cultural e diplomática, preenchida por eventos capazes de estimular a cooperação a nível internacional.

A popularidade de Dom Rosário fez-se novamente notar, pelo que Duarte Pio e os seus apoiantes voltaram à carga para o silenciar, que faz quem pode e quem não sabe fazer, destrói. Vieram primeiro as calúnias, as ofensas e a difamação, utilizando sobretudo a Internet e, como não lograram o efeito pretendido, tiveram que recorrer a ardis mais assertivos. Através dos amigos e correligionários de Duarte Pio, accionaram-se estruturas do aparelho de Estado da República Portuguesa para desferir um golpe traiçoeiro, que se pretendia mortal.

 

Havia ataques desencadeados desde 1990, a partir do Ministério dos Negócios Estrangeiros, nomeadamente através da embaixada de Londres (1990), do consulado de Milão (1992, 2005 e novamente em 2006) e da embaixada de Roma em 2005. Em Maio de 2006 foi pedido um parecer ao departamento jurídico com o intuito de se reconhecer Duarte Pio, em nome da República Portuguesa, como o pretendente ao trono – uma flagrante aberração, por se tratar de algo que não existe para a República e ainda que existisse, esta não teria competência para o poder fazer. O documento, falso por atentar contra o artº 228 da Constituição e de fundamentação histórica e jurídica desastrosa, foi elaborado por encomenda e, apesar de ter que se manter em sigilo ao abrigo do segredo de Estado, foi badalado sem qualquer pudor pela imprensa nacional e nos sites da Internet afectos a Duarte Pio. 

 

No entanto, abriu caminho para acusar Dom Rosário da prática de crimes económicos e falsicação de documentos e pressionar fortemente as autoridades italianas, que acabaram por o deter em Março de 2007. Nem Salazar ou Mussolini chegaram alguma vez a atrever-se a tanto com Dona Maria Pia.

 

O conluio canalha conseguiu desta vez manter detido Dom Rosário por seis meses, despojado de qualquer direito durante esse tempo, incluindo a possibilidade de sequer apresentar defesa. Não chegou a ser pronunciado das acusações de crime económico, que caíram logo na audiência preliminar. No que respeita à acusação de falsificação de documentos, os “passaportes” a que se referiam eram cartas de apresentação de colaboradores da Casa Real no exílio, junto de entidades com quem esta mantém relações regulares, enquanto Sujeito de Direito Internacional.

 

Muito longe das cópias de documentos da República Portuguesa, como quiseram fazer crer e espalharam sem decoro pela Internet. Processado em duas comarcas italianas, em ambas sob as mesmas acusações, numa o processo foi arquivado e declarada a inexistência de qualquer crime; na outra foi absolvido das acusações, mas condenado por factos que não constavam da acusação e que não constituem crime – a recepção de donativos voluntários pela Associação Casa Real Portuguesa, aplicados em obras de caridade e o uso de placas identificativas da Casa Real na sua viatura, cuja utilização estava legal e administrativamente autorizada, conforme o comprovavam os documentos apresentados e nos quais o tribunal  não reparou.

 

Se foi um erro do tribunal ou um favor da justiça italiana a altas figuras do Estado Português, eis a questão. Implicou a acção directa do então ministro Freitas do Amaral, os esforços do governo de José Sócrates e o silêncio cúmplice do Presidente Cavaco e Silva, que tendo sido atempadamente notificado do que estava a ser feito, negou a Dom Rosário o mais elementar direito à justiça. No recurso foi totalmente absolvido!

Ao longo do tempo em que todos estes processos decorreram, Dom Rosário tem contado quase exclusivamente, em Portugal, com o apoio do seu representante no país, José Travassos Valdez, Duque de Moimenta da Beira e Bonfim. Têm ambos manifestado a total disponibilidade da Casa Real de Bragança para tomar as medidas necessárias de responsabilização pessoal, patrimonial e criminal daqueles que levaram o país ao desgraçado estado em que este se encontra, bem como iniciar o gigantesco trabalho de reconstrução nacional.

 

Contam com as Ordens Reais Dinásticas de que Dom Rosário é Grão-Mestre, entre outros recursos vários, para colaborar na concepção e na concretização de um novo rumo, que permita ao povo português resgatar os seus mais legítimos anseios e direitos. Desde que seja essa a sua vontade.

Foi sempre esse o norte da bússola que Dona Maria Pia seguiu em toda a sua vida e de que fez Dom Rosário o mais fiel guardião: o respeito absoluto pela vontade do povo português. Ela não foi considerada antes do assassinato do Rei D. Carlos, nem a República foi alguma vez validada por qualquer tipo de referendo ou consulta popular.

 

Mais de um século depois, não restam muitas dúvidas de que aqueles que um dia traíram Portugal e que forçaram D. Pedro a vir do Brasil, expressamente para o proteger e os banir para nunca mais, acabaram por conseguir tecer e consumar um duplo assassinato (possivelmente um terceiro, por nunca se ter averiguado a forte suspeita de Dom Manuel II ter sido envenenado em Londres) e a imposição de um regime que cedo se tornou ditatorial. A imagem da monarquia foi propositadamente manchada pela figura de um fantoche a seguir ao outro, a ponto de a simples menção a essa alternativa ser imediatamente recebida com desdém e recusa, por parte da esmagadora maioria dos portugueses.

 

Com toda a razão, pois que nada de benéfico têm construído em prol do país, além de que não é minimamente plausível que consigam dar-se tão bem num regime depois do outro, com uma revolução de permeio. A menos que algo esteja muito mal contado.

Por ironia do destino ou talvez não, o Rei Dom Carlos teve a suprema inspiração de reconhecer Dona Maria Pia e de lhe conceder todas as prerrogativas e direitos de Infanta de Portugal. A protecção da Família Real de Espanha assegurou-lhe a formação necessária e a possibilidade de se manter intocada e impoluta, fora do raio de acção de quem a pudesse também eliminar, até que ela passasse o testemunho, a alguém à altura de uma tarefa que excedia o seu tempo de vida.

 

Assim é Dom Rosário e assim o tem Portugal, intocado e impoluto, à espera que a história seja finalmente conhecida do povo português, como é e sempre foi seu direito. Quanto à Casa Real, continua no exílio. Aguarda que a família que diz ser o que não é seja finalmente obrigada a devolver o que não lhe pertence e a legalidade e a verdade histórica sejam repostas. Nunca baixou os braços e em tempo algum aceitará demitir-se das suas responsabilidades ou renunciar à sua herança, como também não hesitará em continuar a colocar à disposição do povo português todas as mais-valias que lhe puder proporcionar. Enlaçados pela história, pode ser que tanto o povo português como a verdadeira Casa Real se reencontrem num ponto da linha do tempo, que lhes inverta de vez o destino.

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Casa  Real  Portuguesa

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